26.12.06
Começou?
O jornal londrino Independent divulgou que pela primeira vez uma ilha habitada foi coberta permanentemente pelo mar, devido a elevação dos oceanos provocada pelo aquecimento global. Trata-se de Lohachara, na Índia, que já teve 10 mil habitantes. Há oito anos, a elevação do nível do mar já havia levado ao desaparecimento da primeira ilha deserta, o atol de Kiribati, no Pacífico. O que aconteceria se o mar começasse a engolir a Ilha de Santa Catarina? Leia em A Ilha, na seção Ficção, na coluna aí ao lado.
24.12.06
Seu Carlito e seus telefones


- Se me pedirem para fazer um telefone de bambu, eu faço.
18.12.06
Imagens inéditas!

Mas, como dizem, o importante é ter saúde. E isso ele tem. Pequeno Xavier já está com 37 cm e 1,7 Kg, um pouco grande para a média dessa idade (quase sete meses de gestação), mas dentro do normal. Ele se mexe cada vez mais e já está na posição correta para o nascimento, que periga coincidir com o meu aniversário, 26 de fevereiro. Tudo bem, nunca liguei muito pra festa e presente mesmo.
11.12.06
Capela
A Ilha - tempestades
Parte 3
VI
Gilmar Linhares esperava junto à entrada da Capela do Menino Deus, sozinho. Não fosse uma promessa feita anos antes, acenderia um cigarro. A noite está calma e um pouco fria, apesar da primavera. Pensava no cigarro quando dois faróis ofuscaram-lhe a visão por um momento. O carro passou por ele e estacionou atrás da Capela. O provedor da irmandade caminhou devagar até lá.
Três homens saíram do carro. Dois deles logo ocuparam-se em retirar uma carga do porta-malas. Gilmar reconheceu o terceiro e cumprimentou-o.
- Capitão Calvalcanti, estou aqui para servi-lo. Mesmo que, sinceramente não ache uma boa idéia.
- As igrejas ainda são mais invioláveis que instalações do governo, meu caro, mesmo militares.
- A imagem de Nosso Senhor Jesus dos Passos guardará bem esse material. Nosso amigo não a encontrará.
- Infelizmente - disse o militar - nossa missão falhou. Ele teve acesso a cópias. Cuidaremos disso no momento oportuno.
- Poderá sempre contar conosco.
- Não tenho dúvidas. A Marinha e a Irmandade são parceiras nisso há mais de 200 anos.
FIM
Parte 3
VI
Gilmar Linhares esperava junto à entrada da Capela do Menino Deus, sozinho. Não fosse uma promessa feita anos antes, acenderia um cigarro. A noite está calma e um pouco fria, apesar da primavera. Pensava no cigarro quando dois faróis ofuscaram-lhe a visão por um momento. O carro passou por ele e estacionou atrás da Capela. O provedor da irmandade caminhou devagar até lá.
Três homens saíram do carro. Dois deles logo ocuparam-se em retirar uma carga do porta-malas. Gilmar reconheceu o terceiro e cumprimentou-o.
- Capitão Calvalcanti, estou aqui para servi-lo. Mesmo que, sinceramente não ache uma boa idéia.
- As igrejas ainda são mais invioláveis que instalações do governo, meu caro, mesmo militares.
- A imagem de Nosso Senhor Jesus dos Passos guardará bem esse material. Nosso amigo não a encontrará.
- Infelizmente - disse o militar - nossa missão falhou. Ele teve acesso a cópias. Cuidaremos disso no momento oportuno.
- Poderá sempre contar conosco.
- Não tenho dúvidas. A Marinha e a Irmandade são parceiras nisso há mais de 200 anos.
FIM
9.12.06
Roterdã
A Ilha - tempestades
Parte 3
V
O prédio da NGOC fica numa elevação, um semicírculo envidraçado com vista para a região do aeroporto de Roterdã. Kalvelage saiu do elevador para um amplo saguão, com uma parede formada por janelas, deixando a iluminação natural encher o ambiente. Não que houvesse muita luz do lado de fora. Os dias tem sido mais sombrios que ensolarados. E também mais frios. O departamento de Climatologia Global começa a chegar a algumas respostas para os dois fenômenos.
O cientista entrou numa sala com paredes brancas, para aproveitar melhor a luminosidade. Encontrou-se com um colega e lhe perguntou sobre como ia o trabalho.
- Os dados dos jesuítas são impressionantes, considerando a época em que foram levantados. Eles aproveitaram bem a presença da ordem em vários continentes para espalhar seus padres-cientistas e montar uma rede global. - disse o colega. - Isso nos ajuda muito a entender o que está acontecendo hoje.
Os dois cientistas deixaram a sala. Tinham um compromisso. A NGOC lançaria oficialmente dali a pouco um braço empresarial, com nome bem parecido ao de uma antiga companhia holandesa fundada no século 17: Vereeridge Neederlandsche Geocitoyeerde Oast Compagnie (VOC).
Gilmar Linhares esperava...
Parte 3
V
O prédio da NGOC fica numa elevação, um semicírculo envidraçado com vista para a região do aeroporto de Roterdã. Kalvelage saiu do elevador para um amplo saguão, com uma parede formada por janelas, deixando a iluminação natural encher o ambiente. Não que houvesse muita luz do lado de fora. Os dias tem sido mais sombrios que ensolarados. E também mais frios. O departamento de Climatologia Global começa a chegar a algumas respostas para os dois fenômenos.
O cientista entrou numa sala com paredes brancas, para aproveitar melhor a luminosidade. Encontrou-se com um colega e lhe perguntou sobre como ia o trabalho.
- Os dados dos jesuítas são impressionantes, considerando a época em que foram levantados. Eles aproveitaram bem a presença da ordem em vários continentes para espalhar seus padres-cientistas e montar uma rede global. - disse o colega. - Isso nos ajuda muito a entender o que está acontecendo hoje.
Os dois cientistas deixaram a sala. Tinham um compromisso. A NGOC lançaria oficialmente dali a pouco um braço empresarial, com nome bem parecido ao de uma antiga companhia holandesa fundada no século 17: Vereeridge Neederlandsche Geocitoyeerde Oast Compagnie (VOC).
Gilmar Linhares esperava...
7.12.06
Engarrafamento
A Ilha - tempestades
Parte 3
IV
O delegado ficou preso num engarrafamento-monstro na avenida Beira-mar. Ligou o rádio do carro. O aparelho ainda levou alguns minutos para que o noticiário desse algumas respostas. A maré subiu demais e alagou a avenida em três pontos. Em dois deles, é possível atravessar apenas por uma das pistas, devagar, passando sobre a lâmina de água salgada.
O problema se repetiu em outros locais, inclusive com o mangue adentrando em casas de veraneio no Norte da Ilha. Invasões da maré nas vias à beira-mar - justamente as de maior fluxo - tornaram-se comuns, com média de duas ocorrências por mês. A prefeitura já fala em projetar diques de contenção do mar.
- Furacão, maré alta, que diabo está acontecendo com essa cidade? - o delegado pensou alto.
Ligou do celular para a Superintendência da Polícia Federal. A secretária passou a ligação a um dos investigadores.
- Encaminhe aquelas intimações ainda hoje. - ordenou o delegado. - Quero um relatório completo sobre as duas suspeitas. Estou tentando chegar aí.
O prédio da NGOC...
Parte 3
IV
O delegado ficou preso num engarrafamento-monstro na avenida Beira-mar. Ligou o rádio do carro. O aparelho ainda levou alguns minutos para que o noticiário desse algumas respostas. A maré subiu demais e alagou a avenida em três pontos. Em dois deles, é possível atravessar apenas por uma das pistas, devagar, passando sobre a lâmina de água salgada.
O problema se repetiu em outros locais, inclusive com o mangue adentrando em casas de veraneio no Norte da Ilha. Invasões da maré nas vias à beira-mar - justamente as de maior fluxo - tornaram-se comuns, com média de duas ocorrências por mês. A prefeitura já fala em projetar diques de contenção do mar.
- Furacão, maré alta, que diabo está acontecendo com essa cidade? - o delegado pensou alto.
Ligou do celular para a Superintendência da Polícia Federal. A secretária passou a ligação a um dos investigadores.
- Encaminhe aquelas intimações ainda hoje. - ordenou o delegado. - Quero um relatório completo sobre as duas suspeitas. Estou tentando chegar aí.
O prédio da NGOC...
6.12.06
Beeman e Mouse

5.12.06
Dados
A Ilha - tempestades
Parte 3
III
O delegado Pacheco estava irritado. Tomou um café mais amargo que de costume, antes de reunir-se com os investigadores.
- Perdemos o holandês e o mergulhador. Não temos como incriminá-los e, para falar a verdade, a esta altura não acredito mais que foram os dois - concluiu Pacheco.
- Mas o holandês estava interessado no material. - argumentou um investigador.
- É fato. Mas não escondeu isso de ninguém, o que é estranho para alguém que pretende cometer um crime. E teve acesso às fotos, o que parece ter sido suficiente. Ele mandou o e-mail para a NGOC informando que já tinha os tais "dados" na noite do dia em que viu as fotos. O roubo foi executado dois dias antes e ele continuava procurando. Há outros indícios de que ele queria copiar o material, não roubá-lo.
- Para onde vamos agora?
- Temos outros suspeitos. Quero que fiquem de olho na arqueóloga, Carolina Paes, e na historiadora, Vilma Duarte.
O delegado ficou preso num engarrafamento...
Parte 3
III
O delegado Pacheco estava irritado. Tomou um café mais amargo que de costume, antes de reunir-se com os investigadores.
- Perdemos o holandês e o mergulhador. Não temos como incriminá-los e, para falar a verdade, a esta altura não acredito mais que foram os dois - concluiu Pacheco.
- Mas o holandês estava interessado no material. - argumentou um investigador.
- É fato. Mas não escondeu isso de ninguém, o que é estranho para alguém que pretende cometer um crime. E teve acesso às fotos, o que parece ter sido suficiente. Ele mandou o e-mail para a NGOC informando que já tinha os tais "dados" na noite do dia em que viu as fotos. O roubo foi executado dois dias antes e ele continuava procurando. Há outros indícios de que ele queria copiar o material, não roubá-lo.
- Para onde vamos agora?
- Temos outros suspeitos. Quero que fiquem de olho na arqueóloga, Carolina Paes, e na historiadora, Vilma Duarte.
O delegado ficou preso num engarrafamento...
3.12.06
Cópias
A Ilha - tempestades
Parte 3
II
O delegado federal passou por um corredor com animais empalhados e um saguão onde estavam expostos esqueletos pré-históricos, antes de chegar à sala do padre Schmitt.
O jesuíta cumprimentou amistosamente o delegado Pacheco, terminou de colocar algumas fotos grandes e papéis sobre a mesa e ajeitou os óculos de leitura.
- A caixa parece realmente ter sido de uso da Companhia de Jesus, mas não o conteúdo. - atestou o padre. - Tudo indica que tanto a caixa quanto o conteúdo sejam do século 18.
- E as inscrições?
- São difíceis de decifrar exatamente, mas parecem algum tipo de tratado, escrito por alguém com conhecimento em ciências naturais.
- O senhor mostrou essas fotos a Ian Kalvelage?
- Ah, sim, o cientista holandês. Rapaz inteligente. Procurou-me dias antes do nosso primeiro contato. Disse que estava disposto a nos ajudar, permiti que fizesse cópias do material.
- Isso foi depois do roubo da caixa?
- Sim, foi... creio que dois dias depois.
O delegado Pacheco estava irritado...
Parte 3
II
O delegado federal passou por um corredor com animais empalhados e um saguão onde estavam expostos esqueletos pré-históricos, antes de chegar à sala do padre Schmitt.
O jesuíta cumprimentou amistosamente o delegado Pacheco, terminou de colocar algumas fotos grandes e papéis sobre a mesa e ajeitou os óculos de leitura.
- A caixa parece realmente ter sido de uso da Companhia de Jesus, mas não o conteúdo. - atestou o padre. - Tudo indica que tanto a caixa quanto o conteúdo sejam do século 18.
- E as inscrições?
- São difíceis de decifrar exatamente, mas parecem algum tipo de tratado, escrito por alguém com conhecimento em ciências naturais.
- O senhor mostrou essas fotos a Ian Kalvelage?
- Ah, sim, o cientista holandês. Rapaz inteligente. Procurou-me dias antes do nosso primeiro contato. Disse que estava disposto a nos ajudar, permiti que fizesse cópias do material.
- Isso foi depois do roubo da caixa?
- Sim, foi... creio que dois dias depois.
O delegado Pacheco estava irritado...
1.12.06
Confissão
A Ilha - tempestades
Parte 3
I
- Conseguiu a confissão do holandês? - perguntou o investigador.
- Não, ele nega, e tem bons álibis - respondeu o delegado Pacheco. - Se não conseguir provas, não vou poder segurá-lo na cidade. Achar a maldita caixa ajudaria.
- Alguma intuição?
- Há um elo dessa corrente que ainda não encontramos.
O telefone da mesa tocou. O delegado colocou a secretária no viva-voz.
- Ligação para o senhor. Padre Alfredo Schmitt.
- Ótimo. Pode passar.
- Delegado?
- Bom dia, padre. Precisava mesmo falar com o senhor.
- Pois eu tenho novidades que podem lhe interessar, mas preferia que o senhor viesse aqui ao museu do colégio jesuíta, se não se importa.
- Posso ir agora, se for o caso.
- Sim, eu o aguardo aqui, então.
O delegado federal passou por um corredor...
Parte 3
I
- Conseguiu a confissão do holandês? - perguntou o investigador.
- Não, ele nega, e tem bons álibis - respondeu o delegado Pacheco. - Se não conseguir provas, não vou poder segurá-lo na cidade. Achar a maldita caixa ajudaria.
- Alguma intuição?
- Há um elo dessa corrente que ainda não encontramos.
O telefone da mesa tocou. O delegado colocou a secretária no viva-voz.
- Ligação para o senhor. Padre Alfredo Schmitt.
- Ótimo. Pode passar.
- Delegado?
- Bom dia, padre. Precisava mesmo falar com o senhor.
- Pois eu tenho novidades que podem lhe interessar, mas preferia que o senhor viesse aqui ao museu do colégio jesuíta, se não se importa.
- Posso ir agora, se for o caso.
- Sim, eu o aguardo aqui, então.
O delegado federal passou por um corredor...
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